Prontuário

Entre borrados escritos meu diagnóstico diário de concepções internou-se

Alguém alterou meus efeitos danosos ao longo de uma vida descontrolada

Receita insuficiente que tomei ao penetrar nas correntes sanguíneas da vida

Infectada de idéias excessivas nas reações adversas corrompe os corredores

Nas colunas de um branco celestial encontram-se soros perambulantes atroz

Sede de nada e fome de alta construção mental e prazeres inertes as vontades

As agulhas sussurram as almas aflitas liquido destroça o doravante imaginário

Levanto em direção ao vaso inócuo água e veneno implantado nos meus caos

Aos que me olham sem me ver superficialmente me detonam a maca ao fundo

Nem gritos e nem gemidos os danos estão resguardados em anos de sofreguidão

Eu vejo aqui de dentro de fora eles passarem intactos e distantes dos semi - vivos

Cuspiram todo o mundo na soberba de aliviar nossas dores lascivas rasguei meu nu

Um dia viveu na vida de lamentações sanguessugas inativos na correria do frio letal

Sou um arquivo indestrutível nadando para um mar sem começo afogando meu ar

Não sou o que escreves nem tão pouco sou experimento sem solução de tua mente

Sou a cura de todos os males e o remédio de defesa e de acusação de mim mesma.