" Noite Interminável "

Hoje a noite me parece interminável,

Sou movido; levado por uma sucessão

De passos trôpegos, para não sei bem onde,

Quem sabe um cadafalso, o juízo final?

A sua imagem eternizava minha felicidade,

Como mil palavras jamais o faziam,

Estrela fugidia da minha abóboda sem luz.

Ando sem rumo, sem saber que horas são,

Sem noção do sentimento tamanho,

Perdido estou; uma floresta em mim.

O que não faz mais sentido,

É o sentido que tenho.

A noite chega,

E nem toda a escuridão,

Consegue esconder esta tragédia,

Sua ausência de mim.

Tento dormir;

Talvez uma vontade inconsciente,

De provocar um sonho contigo,

E acabar com o pesadelo,

Sempre mais real e verdadeiro.

Contrastante, ambigüidade dos instantes,

Como um banho de sol,

Sentado numa cadeira de rodas;

Como vestir um casaco de pele de visom,

E admirar na borboleta,

Das asas seu tom marrom.

Assim sou eu,

Um mar cercado de terras

Por todos os lados,

Um vale a reverberar meus ecos

Gritando o nome seu.

Paulo Peter Poeta
Enviado por Paulo Peter Poeta em 04/02/2012
Código do texto: T3479350
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