em mim
as vezes sinto um frio por entre minhas entranhas,
e no meio do barulho, sinto um segundo de silencio,
faço uma prece a um Deus que talvez seja inexistente,
faço de mim holocausto de minha oferenda,
morro todos os segundos pra te dá prazer,
te agrado quando está comigo,
quando não, sinto tua falta, confesso,
quando estou embaixo da minha própria terra,
e não conseguir respirar,
é porque sei o quanto me doei,
e de ti recebi apenas a saudade,
a vontade de te ter um pouquinho mais,
mas tudo não passa de ilusão,
tudo que eu vivi, foi mera ilusão,
e o mundo é apenas palco desse teatro,
desse espetáculo que não encontro fim.