†...___Desci em teu Inferno
Sim, desci em teu Inferno
Lutuoso parque de devoção temática
D´onde o azedume acre tomou meus intentos
O que queres com isso?
Fazer-me o louco de deu reinol
Ou delinear c´o toque frívolo de teu coração?
Cruel, Ali.men.t.AÇÃO
Sim, desci ao teu Báratro
Encarei o lumaréu dantesco de Hades
Iludi-me neste teu egoísmo sacro
Enfrentei o meu céu, em tua busca
Feneci meus tórridos sentimentos
Renascidos de tua mente qu´ofusca
D´onde está teu mestre interior?
Aquele em que tanto confiou em causa justa?
Sim, queimei-me em teu Inferno
Ante as labaredas perniciosas de tua fé
Qu´aos gritos sibilantes pedia meu nome
Mas por nada arredava dali, o teu pé
Oh, quão dorido é sentir-te assim, tão fria
Imagem perdida d´uma protetora
Que dedilha tuas notas sorumbáticas em afonia
Sôfrego estou, ao ouvir teus hórridos lamentos
Sim, caminhei trôpego em teu Inferno
Caí e perdi-me nas palavras tuas não ditas
Feri-me diante de tua seta sanguífica
Eternizei meu coração num negrume féretro
Este que gelou-me em outoniços sentimentos
Franzindo meu cerne carrancudo e pestilento
É assim que me queres em teu céu, um tormento?
Sequei mias lágrimas em teu lenço sádico
Sim, quero distanciar-me de teu Inferno
Este a enloquecer os meus neurônios
Meu cardíaco encontra-se assaz sanguinolento
Mesmo assim, amando o teu amor jogado aos favônios
Em prece diária e prostrado aos pés dos ascensos
Faz-me delatar os mistérios de teu doce veneno
D´onde em teu Inferno busco-te do mal isento
Procurando o Amor qu´ainda reina em teu doce sentimento
Escolha o lado que ainda queres estar
Pois não sou teu brinquedo, teu pesar!