Martírios da Solidão
*
A carência é um martírio
Maltrata e nos causa dor
Faz de um homem sofredor
Chegando entrar em delírio
Pra quem viveu em idílio
Não mais pode acarinhar
Dar carícias acalorar
A solidão quem lhe mata
Nem mesmo pode abraçar...
*
Tudo que faz é atônito
Todo tempo é assustado
E o pensamento malvado
Com ele vive em atrito
Esse amor virou conflito
Um martírio pra quem ama
Desse amor somente a chama
Fica no peito queimando
Mas quem ama é soberano
Sofre mas nunca reclama.
*
O amor mais solitário
É quem tem medo de amar
Pra em momentos enfrentar
Dor, solidão, o calvário...
Ficando um deficitário
Chega a ser entristecido
Por um amor combalido
Passando a ser peregrino
Andando sem ter destino
Por um amor desmedido.
*

Mesmo assim é o manjar
Que alimenta e faz viver
Ao coração dar prazer
Nas nuvens faz viajar
Força que faz delirar
Por este amor eu me apego
Sem ele nunca sossego
Só nele vivo pensando
Nem sei se fiquei insano
Deixe essa cruz que carrego.

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//Anizio.Ds. 11/04/2012
Azsantos
Enviado por Azsantos em 11/04/2012
Reeditado em 12/04/2012
Código do texto: T3607230
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