NÉCTAR DE SOLIDÃO

Quase não me lembro

De palavras não ditas

Nunca decifrei teus olhos

Eram sempre iguais como as noites

Sentimentos sem rimas

Movimento sem ação

Amando anjos, mera ilusão

Sentindo as dores do coração

Voando pela tênue luz do luar

Com asas invisíveis

Pousando e abraçando estrelas do caminho

Mas sempre sozinho

Um arco-iris na noite

Flores contemplando a lua

Lua na montanha

Fadas nuas

E as luzes se apagaram

Depois de quase me cegarem...

Mais uma noite se foi e perdi néctares

Por seguir sozinho

Mas continuo escrevendo cartas de amor.

Lucas Boavista
Enviado por Lucas Boavista em 14/07/2012
Reeditado em 19/03/2015
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