A solidão companheira

A solidão é silenciosa
Ela se aloja em sua vida
Fica.

Você sai de casa
Encontra-se com muitas pessoas
Falam, riem, brincam…

Ainda bem que estão aqui
Não aguentaria uma noite vazia
Mas estou só.

O tempo passa velozmente
Deixa para trás impressões,
sentimentos, saudade.

Resgato o anel que troquei
Com um companheiro
Que me fez mais só.

E daí, versos soltos?
Não entendo sua plenitude
Quero estar em mim. Fugi!

Não estou comigo
Tampouco consigo
E sigo.

Nesse torvelinho que expecta
Traduzo a palavra só(mente)
Não mais, apenas só, unicamente.

Atravesso as horas e declino
Lá estão as pessoas, o grupo
Cada um com si mesmo

Mas todos num só momento
Realizam a vida que passa
Marca e transpassa

Se desfaz o grupo
Vão embora
Sobra o pensamento

Este acompanha a pessoa
Que se foi para encontrar
A si mesma

E, mormente
O abrigo nos abraça
Mas a solidão resplandece.
MEG KLOPPER
Enviado por MEG KLOPPER em 01/08/2012
Código do texto: T3808751
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