Todo dia é sempre igual

O dia cheio, imenso, imensurável solidão que habita os medos

Ela faz sempre o mesmo

Já diz não ter fé e nem sonha mais

Ouve paredes e conta seu dia pro mundo que não se toca

Todo dia é sempre final

Ou simplesmente o mesmo final

Sem promessas, sem abrir a porta...

Ela passa os dias assim

Mas busca um sorriso pro seu

O mesmo que perdeu, escapou, despejou

Ainda não se arriscaria

Teme fracassos e o acaso

Todo dia o tempo passa

Depressa, com pressa, às pressas

E quem lhe sorriu?

Não passa e do outro lado vê o sol nascer primeiro

Sorrindo-lhe o seu melhor sorriso

Com a saudade flertando seus dias bons

Com a ausência dos velhos sons

Quando é noite... Despe-se do dia

Sozinha a noite é tão mais longa

Pedro Hermes
Enviado por Pedro Hermes em 07/08/2012
Código do texto: T3818075
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