soneto do fim do amor

um pouco do amargo do fel,

os poucos que sobraram são teus,

há dias em que eu sou ateu,

e outros que me visto de réu,

do dedo só restou o anel,

do grito só restou o que é meu,

gritando e implorando a Deus,

onde o amor só se encontra no céu,

há dias que a virtude me vence,

um homem descrente, eloquente,

que se perdeu rumando pra casa,

não sei se eu mostro os dentes,

de raiva, de triste ou contente,

pois só eu vi o colorir de suas asas.

Marcos Pagu
Enviado por Marcos Pagu em 08/08/2012
Reeditado em 08/08/2012
Código do texto: T3820157
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