A pluma e eu

A pluma que voa ao vento,

leva consigo incerteza e vagar,

assim eu cá embaixo,

descompassar invento,

para meus ais acalmar.

Rufam os tambores,

bate meu coração,

blefam os amores,

eu na solidão.

Caminhos abertos,

estrada vazia.

Caminhar que não vem!

Eu aqui a esperar.

Caminhar é preciso,

testemunha espreita,

em cada esquina,

no beco estreito.

No vagar da carruagem,

a pluma agora repousa,

numa vala qualquer,

Até quando Deus quiser.

Eu com minha sina,

um amor invento,

desaforo agüento,

e levando vou....

O vento sopra,

a pluma levanta,

do meu coração brota,

saudade de alguém.