Outrora
Vivia-me resmungando silenciosamente,
Corroendo-me, por vezes, até a unha...
Seu estado era comovente,
Tive meus dias de testemunha.
Assisti seus nervos me tocarem,
Com aqueles olhos cor de natureza...
Minha sanidade massacrarem,
E me enriquecerem de pobreza.
Outrora estava interpretando,
Fingindo-se de boa gente...
Minha verdade acreditando,
Em sua sordidez atraente.
Tivestes contigo, em sua mão,
O meu favor de sentimento...
O meu sofrer de momento,
E mesmo assim me destes solidão.