despedida

o destino me viu brincar de solidão,

me condenou,

procuro esquecer-te em beijos atrozes,

e quanto mais tento,

mais tenho a ti,

pensamentos que ouvem e sentem,

que os chamem de lembranças,

mas prefiro dar-lhe o nome de angústia,

que crava no peito dormente de um homem forte,

fazendo-o chorar,

tornando caça,

quem antes era só caçador,

jantar já não faz sentido,

com um prato só na mesa,

amor já não é sábio,

quando as duas partes não são iguais,

viver já não importa,

quando sei que tua ausência hospedou-se por tempo indeterminado.

Marcos Pagu
Enviado por Marcos Pagu em 01/11/2012
Código do texto: T3963526
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