despedida
o destino me viu brincar de solidão,
me condenou,
procuro esquecer-te em beijos atrozes,
e quanto mais tento,
mais tenho a ti,
pensamentos que ouvem e sentem,
que os chamem de lembranças,
mas prefiro dar-lhe o nome de angústia,
que crava no peito dormente de um homem forte,
fazendo-o chorar,
tornando caça,
quem antes era só caçador,
jantar já não faz sentido,
com um prato só na mesa,
amor já não é sábio,
quando as duas partes não são iguais,
viver já não importa,
quando sei que tua ausência hospedou-se por tempo indeterminado.