A Visita

Já que você não vem na minha residência,

peço desculpas e tenha comigo paciência

e compreenção.

Sem sua ordem invadi o seu jardim e como

ninguém, abri o seu portão.

Meu caro amigo fui obrigado tudo isso fazer.

Sei que não irá de nada entender por uma

atitude descabida, mas a verdade é uma só.

A saudade também faz parte da nossa vida.

Fui grosseiro e traiçoeiro, pois a porta da sala

também abri e na sua casa entrei.

Não tive outro jeito para poder te visitar, pois

queria muito te ver, ouvir e alguma coisa te falar.

E como te disse no começo, tudo foi possível

pelo seu simples endereço moderno que hoje

pode nos levar tanto para o céu como também

para o inferno.

Faz tempo que marcamos uma visita.

Só que não nos encontramos e isso me irrita.

Voce sabe que muito te convidei e como não apareceu,

essa atitude tomei.

Agora você está diante de mim na tela

do seu computador atravéz de uma fotografia.

Essa foi a solução que encontrei mesmo sabendo

que assim eu não queria.

Para mim ela está gelada e no fundo, você como eu,

sabemos que essa visita não vale nada.

Mas lhe digo meu amigo, de você nunca esqueci

e esquecerei.

Na verdade todos nós erramos pelas atitudes

que tomamos.

Fico triste e aborrecido quando vejo um amigo perdido

e sem solução.

Ai encontramos um tempinho para lhe fazer

uma visita carinhosa.

Só que pagaremos caro, pois de sua boca.

Não ouviremos nenhuma prosa.