PRISÃO PERPÉTUA
Dei por mim em prisão perpétua,
Com minha sentença de há quatro décadas,
Mantenho-me na minha prisão,
Sem vislumbrar para breve meu perdão.
Não sei por que fui condenado,
Nada me foi explicado,
Ainda hoje estou por saber,
O que me levou a tanto sofrer.
O tempo de expiação não tem fim à vista,
Serve para eu refletir sobre minha vida,
Que gravo em versos para ser lida,
E tomarem consciência de tanta injustiça.
Quando mudarem os juízes que me condenaram,
E a justiça for reposta,
Ainda tenho esperanças de ser libertado,
E voltar a viver como no passado.