Silêncio de um amor

O frio se fazia intenso, e o vento

era como uma cortina de gelo

se contorcendo, congelando ainda mais o seu corpo

que clamava pelo calor do corpo dele.

A noite caminhava, pelas longínquas estrelas do céu,

indiferente aos olhos que as fitavam.

Ela mais do que nunca, sentiu a solidão que a esmagava,

E o frio que vinha de sua alma, era cortante,

a deixava entorpecida.

Agora sabia que o amor quando se vai

deixa um vazio que nada preenche.

Chamou por ele, não houve resposta.

Nunca mais o teria. E ela chorou, deixou-se doer,

desfez-se em versos tristes, e virou poesia.

Maria Bonfá

31/12/12