Poetas Morrerão de Tédio

Poetas Morrerão de Tédio

Uma sem razão, sem sentir

frieza, nem triste, nem feliz

que me faz escapar por um triz

do meu lugubre partir

Da falta que sinto

do tudo que tenho

do pouco que me empenho,

prendo-me para não fugir

A vida seria um jogo

na qual teria eu de ganhar

mas não ganho e nem jogo

pois inerte no tédio não quero continuar

Poetas não morrerão de fome

mas morrerão de tédio

que lentamente os consome

cobrindo-os de frio paródio

E junto deles morrerei

lentamente padecerei,

como agora grito pelo morrer

ontem gritava pelo viver.

(Rafaela Duccini - 7/3/2007)

R Duccini
Enviado por R Duccini em 09/03/2007
Reeditado em 08/05/2008
Código do texto: T407182
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