Fugindo nos dias...

As gotas caíram,

Na inconstância do dia.

Os ventos sopraram mais frios.

Na inconstância dos dias.

O céu foi belo!

Mesmo sem vestir-se de azul nem amarelo...

Na inconstância dos dias.

A noite foi gélida, clara em neve.

E tudo foi tão só... Cada um em seu lugar.

O lago eterno da amizade,

Quase seco ficou... Da eternidade e de toda transparência.

Na confusão de tantos acontecimentos de nada.

Na inconstância dos dias.

Na noite, que correu para chegar,

se arrastou bem devagar para partir.

E o lugar foi ficando mais vazio de todo brilho e distração.

Sem volta, sem par.

Até que a noite resolvida a não mais fechar os olhos,

E o dia, por excelência permanecia com olhos fechados.

Na inconstância dos dias.

Na inconstância das noites.

Houve então a transparência da cor.

Vesti-me do preto,

Gargalhei do azul...

Que dançava a dança do tempo,

Completamente nu...

Cristina Gonçalves
Enviado por Cristina Gonçalves em 14/01/2013
Código do texto: T4084686
Classificação de conteúdo: seguro