Pétalas e espinhos
Ficou a dor,
o nó entalado na garganta
Do vinho para o sangue
O amor, a adoração, a repulsa
As lembranças vão se mesclando
Esquecidas voltam a tona, na tonalidade
de um amarelo de foto antiga
A liberdade da saudade,
o direito a um dia de tristeza
Solidão, silêncio macio
Quieto vô desejando, sem vaidade
Desapego sereno, fujo dos ranços ou mágoas
Entre telas, papéis, web´s e pixels
O recomeço, séria brincadeira
Inicia-se a viagem na minha cabeça,
uma paisagem, uma cidade, aviões, estradas
Ao percorrer a alma com apreço
Cuido do jardim, removo ervas daninhas
Colo meus caquinhos, recolho pétalas e espinhos