ÍNTIMA

Íntima

Que sonda minha cama

Que ronda minha chama

Fogo-fátuo das madrugadas...

Íntima

Que ri quando sou água

Que zomba quando sou mágoa

No silêncio da luz apagada...

Íntima

Cutuca meus medos

Exuma segredos

Revirando alvoradas...

Íntima

Apocalíptica

Desafeto palpável

Intrusa não convidada...

Solidão

Que se tornou tangente

Ausência tão presente

Ampulheta maldita na minha caminhada.

À meia luz

Ela me olha

Tão ébria quanto eu

E diz

Que será o que tem sido há tempos

Íntima

Minha

Eterna

Solidão...

Virgínia Moreno
Enviado por Virgínia Moreno em 20/02/2013
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