PARA QUEM ESCREVO?

Para quem escrevo

Tais rotas linhas?

Não são para mim,

Desprovido da crença,

Do amor, da esperança...

Não são para os mortos,

Suas lápides, suas velas,

Seus fantasmagóricos lutos

Suas lágrimas,

Seus nomes petrificados,

Em mármores frios da eternidade.

São para os amantes,

Envoltos uns nos outros

Com seus braços,

Abraçados em suas amarras

Magoas do tempo.

Por que me sinto assim?

Oh, sinto que posso sobreviver,

Mais um dia...

Cinge-me entre os ossos

D’uma energia

Colossal, soberana,

Oh, a mesma que incendeiam as estrelas!

Tomb
Enviado por Tomb em 21/02/2013
Código do texto: T4151455
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