DERRADEIRO POEMA

O sol se escondeu, a noite chegou,

Eu me senti só, sem companhia,

Nem escrever me apetecia,

O tempo parou como um raio,

Que me tivesse atingido.

Pensei no impossível, no absurdo,

Fiquei imobilizado e mudo,

A vida não fazia sentido.

Fiquei com as ideias em combustão,

No fogão do meu cérebro.

Não sei se consegui dormir,

Só sei que manhã cedo,

Quando abri os meus olhos,

Estava no sofá da sala, calçado,

Com caneta e papel em branco,

Ao meu lado, sem nada ter escrito.

E assim ficou por escrever

O meu derradeiro poema.

Ruy Serrano
Enviado por Ruy Serrano em 04/03/2013
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