Amor e ódio eterno

Odiar-te, prometi eu.

Odiei-te, sim, eu confesso.

Relembrava teus abraços,

Teus beijos dados sem amor.

Desejei-te com frequência

toda a minha dor.

Inúmeras vezes senti

meu rosto molhado e quente

pelos fantasmas da lembrança;

espectros imortais

presos nos antigos momentos felizes,

anulando os novos,

retomando o passado.

Odeio-te por me fazer repugnar

o toque de outrem;

por fazer qualquer outro aroma

insignificante perto do teu cheiro;

por fazer com que bebida alguma

seja forte o suficiente.

Idril Anárion
Enviado por Idril Anárion em 13/03/2013
Código do texto: T4187156
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