INQUIETA É A NOITE

Não me acorde pássaro estridente

Não entre agora, sol fastidioso!

Deixa-me dormir no desvelo da renúncia

Nas mãos da bruma fresca

Das manhãs tão carinhosas

Agora a emoção dorme ao meu lado

Como um pássaro quieto

Um arcanjo no ar rarefeito

Ela é sempre irriquieta,

Um relâmpago prestes a explodir

Nas planícies quentes do sonho imperfeito

Deixa-me assim com minha face serena

Como quem recebeu um beijo de boa noite

Cuja alma se sente perdoada e feliz

Deixa-me caminhar lentamente

Nos becos sem ruídos do sono

Onde a inconsciência reina

E o sentimento do amor distraído,

Vagueia seminu pelas alamedas

Bucólicas da alma!

Celio Govedice
Enviado por Celio Govedice em 23/03/2013
Reeditado em 10/09/2016
Código do texto: T4203653
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