diário das sombras

Dividindo os lucros na escuridão não necessito de luz, matando baratas no esgoto na frequência da vida eu vou, vagando sozinho lembrando dos caminhos que um dia eu percorri lembrando da vida que um dia eu vivi, a dor do meu futuro sombrio corre em meu sangue e bate em meu coração fazendo-me vomitar as palavras que um dia eu prendi, eu até podia citar algo suave e belo mas a fantasia alcoólica em que eu vivo não permite o dom supremo do amor se manisfestar em meus lábios, a caneta que escrevo descansa sobre o papel dando espaço a um cigarro que queima solitário em meio aos meu dedos doloridos do trabalho ardo, e olhando para ele lembro que é triste saber que chegamos a esse mundo sozinhos e assim como chegamos também partimos.