FIM DO AMOR

Rasgou-se o chão sob os pés

A verdade enfim apareceu

No alicerce que não resistiu

Agonizou o amor e morreu.

Tolice acreditar na paixão

Escolher o copo de vinho

Mastigar com sofreguidão

e cuspir todo o carinho.

Iludida, oh alma sofrida!

tão pobre volátil espera

Impaciente procurava na vida

O que sempre ao seu lado tivera...

Sempre ao seu lado tivera

O amor sem limite e infindo

Mas por ser tão fraca a fera

Destruiu o que era tão lindo.

Agora que o mundo caiu

Não existe mais a espera

E o amor que um dia existiu

Deu lugar à tortura da fera.