Dos Sonhos

Assim são os sonhos apalpados

Do gosto tardio, esquecido.

Embora eu, de ti, gostasse.

É para mim que torna o remanescido.

Assim são os sonhos acariciados

Quase perto. Já se indo

Um copo de vinho meio amargo

Chocolate quente, um ruído.

Assim são as bocas desejadas

Da face noturna esquecida

Quem ver a morte como não criada

É a criatura já não vivida

E assim são os sonhos esquecidos

Um sopro lento, morrido.

A voz que não canta no suspiro

O amor que se vai, quando aquecido.

Genival Silva
Enviado por Genival Silva em 30/04/2013
Reeditado em 30/04/2013
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