LOUCURA

O quarto no breu da madrugada

E eu revirando insone em divagações...

Vezes incontáveis inicio um verso

(sob a luz de um cigarro)

Falando das flores de maio...

A casa está vazia

Tanto quanto eu

Como um mausoléu...

Uma loucura manobra meus sentidos

Abafo gritos

Represando lágrimas...

Não queria ser quem sou agora:

Essa mulher encerrada no silêncio

Faço parte do pó da mobília

O pó das lutas travadas dentro de mim.

Os outonos insustentáveis dos maios anuais

As flores que caem ao solo

Porque é assim que tem que ser o ciclo,

O cio

O vício...

Na madrugada

No eixo da realidade

Eu escrevo torto em linhas retas...

Virgínia Moreno
Enviado por Virgínia Moreno em 07/05/2013
Reeditado em 07/05/2013
Código do texto: T4279148
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