ILAÇÕES NOTURNAS II
O cigarro imaginário se desfaz
em fumaças antigas.
A borboleta branca invade o quarto mudo,
em ziguezagues tortos.
A parede branca, imutável,
imobiliza os versos bêbados.
A borboleta fria se desfaz
na parede imóvel.
A fumaça imaginária sufoca
os versos antigos.
Ziguezagueando, o poeta bêbado
apaga a luz.