ANSIEDADE! Um duo!



Emoção revestida de expectativas
Tudo parece perecível e fútil.
Predispõe um futuro negativo
Ondas negras sutis com humor vil.

Uma aflição a chacoalhar sentidos,
impulsos fora dos limites...
Nasce dos buracos negros fluidos
Que arrasa o equilíbrio bendito

Pressa sobre a dádiva do tempo
tempo curto para a inquietação,
que tanto faz pesar o amanhã.

Sucumbe nossas preciosas horas
Desperdício de um vício mórbido
Que parece perecer a alma que chora

Faltam os minutos para antecipar,
os anseios, as vontades , os medos...
Que tudo engole como ocorre com a areia
No fenômeno eólico das erosões

Tempo particular inventado e corroído,
pelos atropelos minados em desesperos.
Há que daí ressurgir na força interior
Para uma resistência hercúlea e bravia

A se vencer o que se prenuncia na mente
[Alheamento atual, angustia do porvir.]

O coração grita impaciência, insegurança
ânsias à flor da pele, na retina urgência
Estado desesperador que corrói como ferrugem
E te deixa à beira do precipício da loucura

Cega à quietude, ao silencio, sua perenidade.
Nessa entrega você perde a serenidade
Tudo previsível , paz desgastada d'alma .
Que capitula diante dessa tempestade.

Para não morrer dentro do afã ansiedade:
Vá ao âmago da questão e dialogue
Por mais doída e sofrida seja a realidade

O alivio esquecimento como mecanismo de defesa,
rivotril, ou matá-la de satisfação em contentamento?
É uma bela e salutar vingança à desesperança
Pô-la à prova com tua capacidade de movimento.

Duo: Lufague & Hilde
Navegando Amor e Lufague
Enviado por Navegando Amor em 19/07/2013
Código do texto: T4395393
Classificação de conteúdo: seguro