ECO TRISTE

Eco triste

Paulo Gondim

28/07/2013

Tudo se iguala

Na ausência da fala

Do que não se disse

Quando se cala

Vai-se a calma

No vazio da alma

No limiar da perda

Do que se vai entre mão e palma

Resta a dor

Numa áurea incolor

Que no peito fica

Murcha-se o que era flor

E no gesto aflito

Da vida em conflito

Tudo é solidão

No eco triste de meu grito