Eternamente!

Eternamente!

Lá longe, no vale

sob o arvoredo florido,

pés descalços no tempo.

Lá, esperarei por ti.

Ficarei ouvindo o vento,

mirando as nuvens,

adivinhando as horas...

É assim esperarei por ti.

E não importa nada!

Quanto tempo seja,

ou qual caminho venhas...

Ali esperarei apenas.

Nem a incerteza,

investidas de feras noturnas

ou intuição malsã

dali me afastará.

E, caso eu morra

nesta espera eterna,

de certo minh'alma

ainda te esperará.

(Marisa Rosa Cabral)

Marisa Rosa
Enviado por Marisa Rosa em 12/04/2007
Reeditado em 20/04/2007
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