TEATRO DOS VAMPIROS.

Sentado

À noite na sala,

Calado,

Pensamentos rolam

Como folhas ao vento,

Há pó de sonhos

N’um canto do esquecimento.

A TV ligada,

Oh, apogeu d’um derrotado!

Meus dias são essas noites de sábado,

Sem desejo, vontade ou sentimento,

A força sucumbindo

Ao descontentamento.

Ah, melhor ser leigo a decepcionado.

Os objetos parados sobre a mesa,

Parecem observar-me,

Olham-me com frieza,

Tal uma plateia sórdida,

Aguardando minha queda,

Meu final.

E as horas passam,

Sem levar a tristeza embora...

Então levanto, saio, deito, suspiro e durmo.

Com a esperança,

Que as azas dos sonhos

Levar-me-ão a lugares melhores

Ares maiores...

Porém com a inevitável certeza

Que ao despertar dos sonhos,

Amanhã pela noite,

Encontrarei o mesmo pesadelo de ontem,

Olhar distante, pele pálida,

Embotadas de lágrimas e lembranças

Deste mesmo mal.

Tomb
Enviado por Tomb em 20/10/2013
Código do texto: T4533750
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