Olhos
“Supostos inocentes são os olhares,
Olhares curiosos que me cercam num instante,
Fazendo-me estranho para a noite,
Tão conhecida como outrora
Ah, olhares fumegantes;
Incessantes e fogosos que,
Sem perceber-nos juntos fiquemos
Magoando as flores e arbustos
Amigos “inseparáveis”
Inestimáveis vidas sem corações...
Somente razões hão de ficar contigo
Para brindarmos o desconhecido
Somado ao amigo, desprovido
De alma e amor...
Entreguemo-nos à Morfeu
Para que com ele tenhamos o sono dos deuses
E deliciosos cânticos escutemos na paz
Esta, que com nossa vida erramos,
Em achá-la em nós mesmos;
Para encontrá-la
No desespero da solidão...”