Preto e Branco

Do cinema mudo às historias antigas

De pseudônimos vem o significado

De uma vida sem cores e bipolar

Que escolhi pra mim e sempre vou estar

Do astro rei, a vida branca

De calor e alegria emanados

De um brilho que me deixava lento

Pois o amor te torna um bobo

Do satélite, a morte negra

O que decidi negando a alegria que recebia

Como ocorre na física do espaço

Escolhi sem saber a simbologia neutra

Já que em boas mãos já esteve

Enquanto aqui fico sozinho por escolha própria

Pois sem o sol a lua esfria e perde o brilho

E faz jus a tua critica

Não vejo o que será de mim

Uma peça solitária no quadrado negro

Pois ainda não existe uma lua nova

Não existe uma vitória invisível

Um alienado numa terra estranha

Assombrado agora pelo passado infame, tentando negá-lo

No eclipse da escuridão eterna

Fingindo haver luz com a vela de reza

Da parte negra tem-se a minha residência

A estadia no inferno

A permanência na morte escura e fria

Sem nada nem ninguém para trazer-me de volta a luz

E na clareza está o tempo

Que depois de uma ida ao mar passa sem deixar rastro

Despercebido aos olhos e ao coração

Passando em branco sem boas lembranças

Acontecimentos vêm acontecendo sem que eu veja ou me preocupe

Nenhuma lembrança calma recente

Fazendo com que um ano passe todo despercebido, sem deixar saudade.

Luan Tófano
Enviado por Luan Tófano em 03/11/2013
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