INFERNO EM VIDA

Trago sempre esse inferno comigo,
mora em minha alma essa maldição,
a natureza brindou me com esse castigo,
plantando a sepultura em meu coração.

O por que? Isso ele nunca entendeu,
o motivo que o semi cadáver não matou,
com a anestesia na alma, o corpo morreu,
como a flor do sepulcro, não germinou.

Já desesperado, esperando pelo fim,
separar para sempre do mundo apodrecido,
pergunto, para que nesse lugar vim?
Anjos negros, não devia ter nascido.

Nesse inferno, nem sei se preciso morrer,
sou carne morta, numa eterna escuridão,
não preciso o veneno da morte beber,
tenho a espada do fim, segura em minha mão.

 
GIL DE OLIVE
Enviado por GIL DE OLIVE em 15/11/2013
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