RECORRÊNCIA

Músicas que nada dizem.

Pessoas que sempre calam.

Vida que esvai-se.

Tempo que nunca cansa.

Uma diáspora de sentimentos

Que não existem além do papel.

O prazeroso tormento da ilimitada

Indiferença.

Frios dias de febris noites

Que não afugentam a dor

Causada pela retumbante delícia

De estar só.

Vagando entre corpos e copos

Bares e lares

Risos e rabiscos.

Esboço mal acabado de vida.

A negritude de sedutores lábios

Expressa em gentis palavras

Imputadas pela refinada educação

E intrínseca hipocrisia dos que velam

A Mentira.

Vênia.

Andarilho de mim

Visitante do mundo

Imã de dissabores

Para quem suplica amores.

Gustavo Marinho
Enviado por Gustavo Marinho em 12/12/2013
Reeditado em 04/08/2015
Código do texto: T4609016
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