Um lugar seguro...

Um lugar seguro.

Aqui,me sinto protegida,do mundo à minha volta.

As pessoas,do meu convívio,nem sempre entendem

O meu recado.

Ouvir em metáforas,torna-se complicado.

O recado a que me refiro,é aquele mais profundo,

Que inunda a alma da gente,faz a alma chorar contente.

É ela quem fala aqui,e também escuta...murmura,renasce.

Neste lugar seguro,hoje deposito as minhas dores.

Foi aqui,que eu percebi,que a poesia,não é só a companheira

Das horas vazias,das intermináveis horas vazias...

O amor,habita este recanto...e hoje também habita em mim.

Canto melodias,tão minhas,tão secretas.

Desnudo-me,pois não há outra maneira de tentar ser feliz.

Quando,esse mundo...”se apaga”...Fico tão perplexa diante

Da vida,acredito que eu não estava pronta ainda.

Uma sensação,que a festa começou...e você,não sabe ainda

Que roupa vestir,ou talvez,não queira mesmo “participar”

Dessa comemoração.

Nem sempre “a festa”,comemora.

Essa idéia,está tão clara em mim.

Não quero partir daqui,é tão cedo ainda...

Mais um ano em minha vida se completa.

Não me sinto segura...ninguém segura a minha mão

Para que eu desça essa escadaria,tão cheia de curvas.

E se de repente,o meu tombo,for inevitável,estarei por aqui.

É mais seguro.

Se aqui existe,tanta alma feito a minha...

Convido...imploro...vem comigo.

A sensação de abandono,é pior que estar nesta estranha festa agora.

O dia em que eu nasci,avisaram a mãe da menina.:

‘Os seu cabelos são vermelhos,feito os da espiga de milho”

Quantas vezes,esse “vermelho”...irá me visitar.

Eu queria a paz em tons pastel...mas não sou “morna”

Não sou vontade,pela metade.

Aliás...estou aqui,só para “mostrar”...tudo menos a minha vestimenta.