Calçados Mentais, Peregrino Calçado...
O lento caminhar e o bordão na mão
Um destino...
Umas vontades...
O céu imenso...
Estradas calejadas...
Sou a farsa que anda, ambíguo pesar
Sereno lento andar...
Não aprendido a amar...
O coração macaco velho...
Amores distantes e vontade perdida
Acalentando pensares...
Destemido eu famigerado...
Os trajes em rôtas tessituras...
No horizonte promissor a magia esclarece
As pernas gracejando rendições...
O céu entornado em invisíveis vestes...
No olhar a incerteza sem lei deprime...
Este sol lhe declara aquecidas relembranças
A sêde sem fé atormenta a desleal caminhada...
Uma parte do ser clama limitar os passos calmos...
E sentir o chão é aprofundar os pés ressentidos...
Ao parar em descanso variado aprende se cansar
A jornada é sem fim!
O tempo desafia dôres!
Essa trilha morre consigo!