Lá se vai mais um poeta

Lá se vai mais um poeta

Com o destilado de companhia

Sua palavra era vã

e jamais alguém a ouvia.

Seus olhos desenrolados

Para simplicidade dos minutos

milhares invejados

e ele vivendo no oculto.

O poeta não falava só do bem

O poeta falava também do mal

O poeta ás vezes falava de alguém

e procurava quem o achasse especial.

Sua infância foi esquecida por si

E seus dias atuais já não são

Passados anos e ele a repetir

as frases do seu inerte coração.

O poeta amava sozinho

Era o seu caderno que o abraçava

No momento sentia-se como num ninho

que às vezes também o abandonava.

Pobre rico poeta

Se entregou a solidão

e lá se vai mais um artista

Com seu destilado na mão!

Desculpe-me, Poeta!

Samuel Souza
Enviado por Samuel Souza em 05/02/2014
Reeditado em 17/02/2014
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