SOLIDÃO (II)

Até a minha inspiração você levou,

Quando partiste me deixando só.

Até meu sorriso se apagou,

Me maltrataste sem piedade ou dó.

E hoje vivo a espera de notícias,

De quem um dia me falou de amor.

Eu fui um tolo nem tive malícias,

E hoje pago curtindo a minha dor.

Vou caminhando meu caminho solitário,

Pisando espinhos e não sentindo dor.

Porque o que doe é meu coração,

Me questionando, se eu fico ou vou (...)

Apenas a saudade é minha companhia,

Nas horas tristes da minha solidão.

Como fumaça desapareceste um dia,

Sem me dizer se voltará ou não