sorte

Queimava em calor brando

Contundente

Rente ao corpo

E se sôfrega

Corria até o avião

E me restava martelando

A dúvida.

Pra quê?

Chegar ao fim do abismo

Do absurdo

Surreal

Queimava

Bufava

Suava

Todo corpo

Ying e yang

Runas

E tarô

Que sorte

Jogada ao acaso

Embarcou

Ciganamente

Em meu coração

Não leu minha mão

Não decifrou minha alma

Não conheceu minha história

E só pensava em me falar de

Um futuro

Improvável

Da decolagem dos sonhos

Que pousam

Entre o

nascimento e

a morte de

cada ser

Vivo.

GiseleLeite
Enviado por GiseleLeite em 09/05/2007
Código do texto: T481141
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