RASTROS DE SOLIDÃO
Pela primeira vez chorei no mar
Mergulhei e minhas lágrimas tornaram-se parte dele
O bater das ondas em minha maré cheia
E no fundo um desabafo silencioso, nem dava pra notar.
O meu pranto se espalhou pela imensidão
O mar tratou de levar pro infinito
E no ciclo será vapor, depois choverá em mim
Que estarei mais forte e preparado.
Fiz promessas, não contei a ninguém
Disfarcei como fazem os poetas
Gaivotas enfeitaram as escoras dos barcos
E eu restaurei pensamentos alegres.
Deixando na areia, rastros de solidão
Agora um choro contido
Palavras de amigo, troca de sorrisos
Nem pareço o mesmo, caminhando no sentido do sol.
(25/05/2014)