RASTROS DE SOLIDÃO

Pela primeira vez chorei no mar

Mergulhei e minhas lágrimas tornaram-se parte dele

O bater das ondas em minha maré cheia

E no fundo um desabafo silencioso, nem dava pra notar.

O meu pranto se espalhou pela imensidão

O mar tratou de levar pro infinito

E no ciclo será vapor, depois choverá em mim

Que estarei mais forte e preparado.

Fiz promessas, não contei a ninguém

Disfarcei como fazem os poetas

Gaivotas enfeitaram as escoras dos barcos

E eu restaurei pensamentos alegres.

Deixando na areia, rastros de solidão

Agora um choro contido

Palavras de amigo, troca de sorrisos

Nem pareço o mesmo, caminhando no sentido do sol.

(25/05/2014)

João dos Reis Filho
Enviado por João dos Reis Filho em 26/05/2014
Reeditado em 26/05/2014
Código do texto: T4820333
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