TEMPESTADE

Chove lá fora, tempestade...

Trovões e raios ensurdecem os ouvidos

Torrentes de águas caudalosas, ventos uivantes.

É a natureza se renovando se recompondo.

 

O resultado é verde, flores de cores mil

Que surgem na manha de um sol radiante.

É a natureza bebendo de si mesma.

É a bonança que sempre surge abençoada

Em uma sina divina, repetida, milagrosa.

 

Por desejo não deixo de comparar:

Que minha alma, meu espirito, meu eu interior

Também sofre de tamanha angustia tempestuosa

De dor, incompreensão, culpa, injustiça e ingratidão, sendo

Vítima dos raios da vida, dos trovões da emoção.

 

E em um grito surdo olhando para o firmamento

Agora límpido, luxuriante e radiante,

Possa, a exemplo da natureza no seu renascer,

Ter na bonança bendita o desejo de viver!

 

Haromax

Haromax
Enviado por Haromax em 29/05/2014
Reeditado em 31/05/2023
Código do texto: T4825127
Classificação de conteúdo: seguro