Estrela Sem Nome

No meio de tantas outras, nasceu uma estrela sem nome.

Uma estrela que ninguém viu... foi só uma estrela de outono.

Com um brilho não tão brilho, nem por isso não tão estrela.

Talvez não pudestes vê-las,

porque de fato ninguém a viu.

A estrela nasceu sem nome, brilhou sem nome, morreu sem nome.

Apagou num espaço sem nome, mas que ao contrário, é lenda estelar.

Despiu-se do brilho finito, de escuro infinito tingiu.

E ninguém nunca soube seu nome, por quem brilhou e por que faleceu.

Ninguém nunca soube se estrela se estrela até se cansar.

Foi só uma estrela de outono num curto espaço de tempo e de espaço.

Foi só uma estrela de outono tentando ofuscar o abandono:

Um tributo a quem brilhou em vida e pela vida passaram invisíveis

e que foram estrelas de outono

e de inverno, primavera e verão.

E que foram, e foram só

brilhos inúteis

no infinito.