Última Dança

Agora o tempo todo está escuro

Todo passo é vacilante e inseguro

As vozes parecem gritar e não ouço nada

A floresta tomou de volta a minha estrada.

O passado, como lava escorre pelo presente

Queima, destrói e corrói de forma pungente

Inerte, deixo-me dominar sem qualquer esperança

Aguardando a morte me chamar para última dança.

Inexistem quaisquer planos, futuro ou metas

A aljava se rompeu e se perderam as setas

As feridas abertas já nem incomodam mais

Ignoro a passagem do tempo, tanto faz.

Tudo parece estático como numa tela

Mesmo sem grades sinto-me numa cela

A pior prisão é estar livre e não ter onde ir

Nem mesmo um túmulo para simplesmente cair.

Ello
Enviado por Ello em 07/06/2014
Código do texto: T4835347
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