SUTILMENTE

Derramo-me em sentimentos
Cada vez que penso em ti
Como não poderia ser assim
Se fazes parte do meu universo.

Na ilusão da fuga levada ao vento
Abraçando-te na distância do tempo
Força essa que me faz acreditar
Muito além do entendimento.

Nas madrugadas povoadas de sonhos
Em que me perco no abismo da saudade
Procuro no vazio da existência
Razões pra prosseguir, um novo rumo.

Tristeza dói na cantiga do recordar
Angústia sonda e logo vem à tona
A esperança no entanto, não se desprende
Inundando de sons o silêncio, sutilmente.

Denise Alves de Paula
28.8.12