Mais um dia prosaico

Oh! luta cruel, ferrenha, sem fim...

Oh! tristeza insana, abstração enviesadas, ansiedades desnecessárias...

Oh! pensamentos que me rodeiam, que me atemorizam... Enfim...

Oh! lamentações constantes, injurias caladas, tantas vezes sufocadas por estar diante de ti... (mas afinal que ti?).

Oh! que dia-a-dia eloqüente e sangrento muitas vezes dentro de mim...

Oh! noite enluarada, calejada, amada por mim...

Que aborrecer mais inalterável, mais disfarçado, impedindo-me de ser... Ser... Ser aquilo que preciso que sei o que necessito, mas coragem, às vezes a coragem me deixa, se esconde, me envergonha, me encabula, me deixa torta, distraída, tantas vezes cortejada, outra vezes desejadas, mas nada se concretiza no temível fim... Outras tantas noites retorno, volto, de volta, de novo para meu canto, dentro do meu encanto que nada altera coisa nenhuma dentro de mim...

Meus seres latentes, pungentes, maravilhosamente vivem dedicados, espantados e até quantas vezes difamados, mas não sabem o que podem além de mim...

Ah! esses dias quando não me encontro, lá vem os encontros para no fim, ah esse fim, para eu poder voltar, novamente me dar, renovar, salvar o que de tão bonito existe dentro de mim.