A Carta
A carta
Um ser supremo mandou-me hoje um aviso
Foi mais ou menos uma meia carta completa
Quase perdi as contas de tanto que li
Foi clara enquanto suportei.
E ao terminar, dei uma volta lá nos meus pensamentos.
Vi a bagunça que estava meus sentimentos
Mais uma vez fui reclamada pelos meus atos
Tenho culpa me tornei insensível e fria!
Como uma forte e incurável alergia
E a carta dizia: que eu não sabia o que era a felicidade.
Era perfeita só que vinha com o perfume da maldade.
Aquele aroma que causa dor
Reclamei do seu grande silêncio
Vinha com a demissão do meu anjo iluminado
Calei-me e sinto que estou perdendo um amor.
E da janela do meu quarto as nuvens se misturam
Não consolam mais meu coração
Neste instante perdi a noção...
Mereço tal sentença
Aprovo o pedido de partida, afinal não possuo a chave da libertação.
Enquanto vejo o anjo voltar ao seu posto
Peço socorro ao meu único e fiel aliado
Aquele que está estampado em meu rosto
Pois o nada me segura e eu corro de seus braços
Antes que eu me torne um servo seu, um mensageiro ou um enviado.