Intensamente só
Fria madrugada.
Nada...medo inteiro,
De mim.
Tudo...mas nada de mim,
Está inteiro.
Cômodos...quartos,cozinha.
Cômoda ilusão!
Não falta pão,nem poesia.
Em minhas mãos geladas,
Apagadas de promessas...
Nem aliança eu vejo.
Ah...eu queria a grossa aliança
Do meu pai.Não o ouro,queria
as marcas dele,cada "risquinho"...
O nome da minha mãe gravado.
Trocaram por dinheiro,eu nem sabia...
Era minha!
Quando fico assim,nessas noite sem sentido,
Penso no jeito "tranquilo" do meu querido,que se foi.
Olho o meu anjinho dormindo...beijo as mãozinhas,
Os olhinhos fechados,e sei que amanhã eles estarão me sorrindo
de novo,me pedindo "permissão" para viver o seu mundo encantado.
Vou me esquentar agora,ouvir a respiração tranquila,de quem sonha.
Vou beijar a minha mão e me desejar boa sorte.