Pranto de um poema

No solitário

a rosa cor de sangue,

ou seria a cor do vinho tinto

quando dos lábios deslizou,

no peito pouso,

e o beijo, alimentou...

Ao vento

o xale vermelho,

um poema

de todo um tempo

esvoaçando estrofes,

bebendo da conversa

o verso dito incontido,

o certo do incerto

moldurando-se,

ais, à poesia escrita.

Voejos desejos,

eu te amo, morre o silêncio,

e a noite se curva a madrugada,

d’onde canta o sabiá,

diga-me onde tu estas?

Solidão, imprima-se

somente nas letras!

20/10/2014

Porto Alegre - RS